Belezas históricas que a Florianópolis ‘moderna’ sufocou*

CARLOS DAMIÃO – 19/05/2018 08h55

A Igreja Ortodoxa Grega São Nicolau, situada na Rua Tenente Silveira, atende a imensa comunidade de descendentes de gregos que vive em Florianópolis (a Capital tem a maior concentração de origem helênica do Brasil). .

Um templo de beleza indiscutível, construído entre 1939 e 1963, também cercado por edifícios que foram construídos nos últimos 40 anos, a igreja segue o padrão arquitetônico grego e foi pintada com as cores da Grécia (azul e branco). Por isso, embora espremida entre prédios residenciais e comerciais, é bem diferenciada em relação a outras construções da região

O templo grego, visto de um prédio vizinho - Carlos Damião

Há mais exemplos na área central da Ilha de Santa Catarina e também no Continente, não só de templos religiosos, como edificações residenciais, comerciais e escolas. No Centro, é possível identificar os antigos grupos escolares Silveira de Souza (Rua Alves de Brito) e Lauro Müller (Rua Marechal Guilherme) como casos semelhantes de patrimônios centenários que acabaram cercados por edifícios modernos. Os dois prédios históricos hoje estão praticamente escondidos. Para visualizá-los é preciso ingressar nas suas dependências. Também a Igreja de Santo Antônio, nos altos da Rua Padre Roma, foi sendo isolada com o passar dos anos, assim como a Igreja de São Sebastião, no largo de mesmo nome, antigo bairro da Praia de Fora.

*Jornal Notícias do Dia | Coluna Carlos Damião | Assuntos da Grande Florianópolis e os temas cotidianos das cidades da Região Metropolitana – incluindo resgates diferenciados da memória histórica –, são acompanhados de perto pelo colunista Carlos Damião, que tem mais de 30 anos de vivência profissional.

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