Linha do Tempo
140 Anos de criação da primeira entidade civil constituída, com a denominação de «Irmandade Greco-Orthodoxa São Constantino».
Centenário de criação da primeira entidade civil constituída, com a denominação de «Irmandade Greco-Orthodoxa São Constantino».
Homenagem prestada pelo Rotary Club de Florianópolis à Colônia Grega de Santa Catarina, na comemoração dos 130 anos da Imigração grega, oriunda da Ilha de Kastellorizo, município de Megisti, para a Ilha do Desterro no Estado de Santa Catarina
Florianópolis: o Grêmio Recreativo Escola de Samba Consulado do Samba desfila com o enredo “A epopéia de Savas – de Kastelorizón ao Desterro, tem grego na Conselheiro!” buscando o inédito tetracampeonato no desfile das escolas de samba de Florianópolis, organizado pela LIESF.
Em 20 de julho do ano 2000 ocorreu a fundação definitiva da Irmandade Grega São Nicolau e da Associação Helênica de Santa Catarina, numa memorável Assembleia Geral que reuniu associados dessas duas instituições.
E averbação do imóvel onde está situado o sacro-templo de São Nicolau, na R. Tenente Silveira 494, em nome de Associação Helênica de Santa Catarina, procedendo-se, por conseguinte, a regularização da sua situação jurídico-administrativa, substituindo-se o antigo registro de 1937 por uma nova matrícula no Cartório do 1º Ofício de Registro de Imóveis da Comarca de Florianópolis.
Em Blumenau, o Dr. Victor Konder, Secretário da Fazenda, Viação, Obras Públicas e Agricultura, manifesta seu pesar pelo falecimento do Capitão Savas, “cujo nome se acha vinculado ao desenvolvimento do nosso estado”.
Capitão Savas vem a falecer em Desterro, na residência do seu sobrinho, Sr. Miguel Atherino, comerciante na Capital. Aos seus funerais compareceram o Sr. Abelardo da Fonseca, oficial de Gabinete do Governador Adolfo Konder, representantes de todas as classes sociais, a Diretoria da Associação Helênica de São Constantino, membros da colônia grega e representantes do alto comércio. Deixa um filho, o Sr. Miguel Savas.
Criada a primeira entidade civil constituída, com a denominação de “Irmandade Greco-Orthodoxa São Constantino”.
João Pandiá Calógeras é empossado no cargo de Ministro da Fazenda. Após, foi o primeiro civil a ocupar o Ministério da Guerra, numa inovação do Governo de Epitácio Pessoa.
Capitão Savas ocupa o cargo de “Canciller del Consulato General de la República Argentina”, no rio de Janeiro, onde presta relevantes serviços.
Sr. João Pandiá Calógeras é investido no cargo de Ministro da agricultura, no governo do Sr. Venceslau Brás.
Filho de pais gregos, João Pandiá Calógeras nasceu no Rio de Janeiro. Seu pai e o irmão Miguel construíram a primeira ferrovia, a Leopoldina Rawail, que liga Rio de Janeiro a Petrópolis. Eram engenheiros formados na Suíça. Aplicaram as engrenagens de sustentação pelo terreno íngreme. Pandiá foi o único ministro da guerra civil na história da república no governo Epitácio pessoa. Foi ministro da fazenda e da agricultura no governo Rodrigues Alves. Seu avô veio para o Brasil a convite de D Pedro II para fundar escolas e se tornou Secretário Geral do Ministério das Relações Exteriores. Dominava várias línguas.
A família Calógeras tem origem na ilha de Kerkira ou Corfu. Calógeras foi deputado por MG em várias legislaturas. Concluiu o curso de mineralogia em Ouro Preto. Foi eleito constituinte de 1934 quando veio a falecer. No seu governo teve o Levante dos 18 do Forte de Copacabana. Eduardo Gomes era um dos tenentes. Calógeras deixou vários livros que são clássicos da literatura política, internacional, mineração etc.
(Contribuição do Prof. Constantino Comninos, Cônsul Honorário da Grécia para o Sul do Brasil)
Capitão Savas se oferece para lutar pela Grécia, alistando-se como voluntário, o que não foi aceito pelo primeiro Ministro da Grécia, Eleftério Venizelos, em face de sua avançada idade. Trinta famílias de gregos chegam a Florianópolis, vindos de Kastelorizon, a convite do Capitão Savas, onde passaram a trabalhar em suas propriedades e sobre tudo, em Serraria, em Massiambu.
Adquire a vastíssima fazenda “Tabuleiro”, atual reserva ecológica do estado, na baixada do Massiambu, que a denominou de “Parnaso”. Compreende uma área de 49.905.100.00 metros quadrados, situada no antigo município de Palhoça, entre Vargem do braço, Teresópolis, Capivari e indo além de São Bonifácio. Desenvolve ali a criação do gado bovino de raça.
O vapor Tagus incendeia em Paranaguá, pouco após o vencimento do seu seguro, antes de sua renovação, abalando as finanças de sua empresa. Não demorou muito, e novo infortúnio sobreveio, quando o vapor Neuvo Harinero perde o leme em alto mar.
Adquire dos Estados Unidos um motor movido a gasolina, que é usado no rebocador, a fim de transportar gratuitamente qualquer cidadão entre a ilha e a ilhota da Saudade, em Coqueiros no continente. Torna-se proprietário de grande área de terras, nas proximidades da Tapera e Ribeirão da Ilha, o vastíssimo campo da Ressacada, que, posteriormente, veio a ser a sede da Associação Catarinense de Hipismo e, ultimamente, o atual Aeroporto Hercílio Luz. Procura incrementar a criação de gado bovino e ovino e de cavalos puro sangue, vindos da Argentina. Prossegue nesta atividade até o ano de 1913, desenvolvendo a criação do gado mestiço e de ovelhas de raça Lincoln.
Capitão Savas inicia o serviço de diligências entre Florianópolis e Palhoça. Mantém o serviço de travessia da Ilha de Santa Catarina ao continente (Estreito), para transporte gratuito de seus operários, familiares e trabalhadores.
Capitão Savas inaugura serviço de navegação a vapor, unindo a capital à vizinha cidade de São José. O vapor “Aida” sai do trapiche Hoepcke, com destino a Coqueiros e São José, levando a bordo o Sr. Abílio de Oliveira, representante do governador Dr. Hercílio Pedro da Luz; o coronel Antônio Moreira César, comandante da guarnição; tenente coronel Henrique M. de Abreu e Major José Maria dos Santos Carneiro Júnior, superintendentes municipais desta capital e de São José e outras autoridades. O Capitão Savas compra a “ilhota da Saudade”, em Coqueiros, para atracar seu rebocador “Aida”.
Face à decadente densidade demográfica na Ilha de Santa Catarina, o governador Dr. Hercílio Pedro da Luz promove a sua colonização, concedendo um lote de 5 a 10 hectares, a preço módico e a prazo de dez anos sem juros, aparelhamento agrário e garantia de subsistência, até a primeira colheita. Isto porque os elementos nacionais e estrangeiros instalam-se preferentemente em terra firme, ou seja, no continente.
Ocupa o governo o comandante do 7º batalhão de Infantaria, Coronel Antônio Moreira César. Personalidades civis e militares de ambas as facções políticas, tendo ou não participado da revolução, são presos e fuzilados, sem julgamento sumário, nas fortalezas de Ratones e de Santa Cruz, na ilha do Anhatomirim. O Capitão Savas Nicolau Savas, Cônsul da República Argentina no Brasil, com a ajuda de seus vapores com a bandeira da Argentina, salva dezenas de civis e militares que se encontravam encurralados ou escondidos no interior da lha de Santa Catarina, e deixa-os em liberdade em Buenos Aires.
Desterro rende-se às forças legais.
Forças rebeldes chegam a SC. Os vapores Tagus, Vesuvio e Nuevo Harinero, de propriedade do Capitão Savas, fazem o serviço comercial de exportação de nossos produtos à Argentina. Os produtos importados de Buenos Aires, além do consumo na ilha de Santa Catarina, são distribuídos por três patachos de propriedade do Capitão Savas, aos portos de Itajaí, Laguna e São Francisco.
Revolta da Armada. Grande parte da esquadra nacional, sob a chefia do almirante Custódio José de Melo, revolta-se contra o governo federal.
É nomeado Cônsul da República Argentina no Brasil. Torna-se correspondente do jornal “La Prensa” de Buenos Aires. Estabelece-se em Desterro com casa comercial e abre filiais em Paranaguá-PR, Montevidéu e Buenos Aires.
O Palácio do Governo é cercado e atacado por manifestantes do partido federalista de oposição. Capitão Savas com o Sr. Raul Tolentino, entram no Palácio do Governo e garantem a retirada do governador Lauro Severiano Müller de dentro do Palácio, que, constrangido, renuncia, entregando o Governo ao major Firmino Lopes Rego.
Com sacrifício e persistente esforço, atrai inúmeras famílias gregas de Kastelorizon. Chegam a Desterro Estefano Savas, outro irmão do Capitão Savas, Agapito Iconomos e Nicolau Tzelikis, para comandar os vapores de propriedade do Capitão Savas.
Retorna à Ilha de Santa Catarina para fixar residência em Desterro. Traz consigo seus pais, Nicolau e Eudoquia Savas, seu irmão Miguel Savas e seu cunhado médico, Dr. Constantino Nicolau Spyrides (Ler mais...)
Deixa a Grécia com destino à América do Sul, pela segunda vez. Permanece um ano em Viena do Castelo (Portugal), onde aprende o idioma português.
João Pandiá Calógeras realiza pesquisas geológicas no Estado de Santa Catarina (Ler mais...).
Capitão Savas Nicolau Savas chega pela primeira vez ao continente sul-americano. Ao regressar de Montevidéu, visita a Ilha de Santa Catarina e deixa alguns gregos em Desterro.
Neste dia de 1865, o «Hino à Liberdade» se torna o Hino Nacional da Grécia. Quando você pensa no orgulho nacional grego, as coisas que vêm à mente são a bandeira grega e o hino nacional. Rico em simbolismo e lembretes do que o povo grego teve que passar para obter sua liberdade, esse hino representa o que é a Grécia moderna. Oficialmente intitulado «Ýmnos is tin Eleftherían» em grego e «Hino à Liberdade» em português.
Escrevendo o «Hino à Liberdade»:
O Hino à Liberdade foi escrito por Dionysios Solomos, de 25 anos, em Zakynthos, em maio de 1823, numa época de grande revolta para a Revolução Grega. Seu poema consiste em 158 quadras. A medida é trochaica com alternâncias de versos de sete sílabas e oito sílabas. Está escrito no estilo heptaniano de poesia que se originou na Escola de Literatura Heptanese, ou literalmente na Escola de Literatura das Sete Ilhas. Aqui estão algumas das letras:
Σε γνωρίζω από την κόψη.
Του σπαθιού την τρομερή,
αε γνωρίζω από την όψη,
Που με βιά μετράει τη γη.
Απ 'τα κόκκαλα βγαλμένη.
Των Ελλήνων τα ιερά,
αι σαν πρώτα ανδρειωμένη,
Χαίρε, ω χαίρε, ελευθεριά!
O Hino Nacional da Grécia
Hino Nacional da Grécia nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004.
Entre 1828 e 1830, o Hino à Liberdade foi tocado pelo famoso compositor Nikolaos Mantzaros e foi ouvido com entusiasmo em feriados nacionais nas Ilhas Jônicas.
Em dezembro de 1844, Mantzaros apresentou uma nova composição do poema e o submeteu ao rei Otto, esperando que ele se tornasse a «canção nacional» do país. O trabalho foi aceito apenas como composição e premiado com a Cruz de Prata da Ordem do Salvador. Mas em 1865, durante sua visita a Corfu, o rei George I ouviu uma versão da composição de Mantzaros pela banda da Sociedade Filarmônica de Corfu e isso o impressionou. Isto foi seguido pelo Decreto Real de 4 de agosto de 1865, que caracterizou o poema como um "hino nacional oficial" e deveria ser executado «por todas as unidades navais da Marinha Real». Desde então, o Hino à Liberdade de Dionysios Solomos, com música de Nikolaos Mantzaros, é considerado o hino nacional da Grécia.
Desde 18 de novembro de 1966, com a decisão 6133 do Conselho de Ministros, foi estabelecido como o hino nacional da República de Chipre. (Andriana Simos)
Ref. Bibliográfica (1883-2008):
PÍTSICA, Savas Apóstolo. «Os Gregos no Brasil». Florianópolis. 1983